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O despertar através da dor

Entre minha casa e meu trabalho existem 15km. Cujo eles são "o meu consultório". É no transito que me perco nos meus pensamentos, nas minhas reflexões. E hoje enchi meus olhos de lágrimas pensando em muitas coisas diferentes, mas no fundo todas iguais. Um machucado dói. Saudade dói. Aflições em nossas mentes doem. Perder um familiar dói. Tomar determinadas decisões doem. Hoje percebi que essa semana meu coração está doendo. E nos meus 15 km de reflexões percebi que minha dor de hoje se chama compaixão. Me surpreendi comigo mesmo, pois nem eu sabia que tinha tamanha sensibilidade. Mas é isso. Estou sentindo um nó na garganta, uma vontade de chorar e um desânimo. Desde o domingo, cada vez que ouço alguma coisa, ou vejo alguma imagem, me coloco no lugar de uma mãe que perdeu um filho.Simples. Meu filho tem 17 anos, ano que vem estará se deliciando na vida de universitário, com sede e com fome do novo, das descobertas... e fico em choque de pensar que uma fatalidade poderia
Regras x Felicidade Lembro de certa vez que li um trecho de uma cronica, ou livro, da Martha Medeiros que falava que transgredir nossas regras é um sinal de que estamos aprendendo, ou desaprendendo, e que isso implica no nosso amadurecimento. Estava em busca deste texto para dividir com uma amiga, porém, não o encontrei e de alguma forma, hoje vou escrever palavras perdidas que penso sobre isso e que gostaria de compartilhar. O que é certo? o que é errado? Salvo as questões exatas do mundo (como por exemplo a matemática), o resto creio eu que seja variável e dinamico. Matar é errado. Mas matar um bandido para defender uma cria é certo. Chorar é ruim, mas se for de alivio, é bom demais. Ser insensivel é defeito, mas para nossa sobrevivencia é importantissimo. entre outros paradoxos da vida de verdade. Crescemos aprendendo o que é certo e o que é errado. Mas além destes ensinamentos, precisamos aprender (e ensinar) que o certo e errado estão juntos, e dotados de nossos princ
Como é ruim quando temos um monte de pensamentos e não sabemos como começar o texto, muito menos como nomea-lo. Como sempre, quero pensar sobre relacionamentos. Ora, sempre há o que pensar, refletir, e por que nao, consertar. Todos relacinamentos. não me refiro somente aos conjuges, mas amigos, colegas, familiares. O homem é um ser coletivo, mas poxa, precisava ser tão dificil assim? Ahh, dificil, mas cada experiencia nos motiva a seguir e insistir nessas relações complexas. Sempre tive excelentes, adoraveis e maravilhosos amigos. Pessoas que estiveram ao meu lado em momentos complicados, e em momentos felizes. Pessoas que souberam lidar com meu temperamento, com meu humor ao amanhecer e meu péssimo humor na hora do sono. Após a mudança de cidade, me afastei desses presentes de Deus, embora sempre os carregasse no meu coração e nas minhas lembranças. Aqui em SP, conheci pessoas, fui acolhida, mas nada é a mesma coisa. Conclui uma coisa um pouco engraçada, mas um pouco triste e

Paixão: substantivo feminino

                  Mãos suadas, friozinho na barriga. Uma sensação de que horas passaram em apenas alguns minutos, pois, para os apaixonados, não há tempo que baste, distância que dificulte e nada, absolutamente nada que os traga de volta ao planeta Terra.                  Quem nunca sentiu isso? E diria mais, quem já não sentiu isso várias vezes ao longo da vida? Para sentir-se várias vezes, percebe-se que é um sentimento embora intenso, volátil. Agora meus questionamentos são: quanto tempo dura uma paixão? O que a traz e o que a leva? Ja li que a paixão dura até 48 meses, não mais do que isso. (essa explicação cientifica sobre sensações, hormonios, etc.)                 Já vi menos tempo que isso, mas não recordo de ter visto mais. Descartando aqueles resgates temporários que após uma crise os casais deliciam-se em aminesia conjugal e por um determinado tempo esquecem de todos seus problemas e tentam brincar de casinha. (mas esse passa mais rápido ainda).                 A paixão

Namorados

Esse meu texto é velhoooo (2007), e teve uma ótima repercussão no meu space do msn. Escrito às vesperas de um dia dos namorados. -*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_*--*_ Namorados? Publicado em 12 12America/Chihuahua junho 12America/Chihuahua 2007 por cintiamabilde Quem, em plena lucidez, negaria que deseja um amor pra vida toda? Alguns abençoados encontraram, outros, por comodidade, fingem que encontraram, e por fim, covardes que dizem que não estão procurando. Encontro-me no último grupo. -Namorado? Cruzes, não tenho tempo pra isso! Deus me livre! Solteirice é o que há! Festa atrás de festa, liberdade! Ah, santa hipocrisia! Não tenho tempo pra namorado, mas tenho pelo menos umas duas noites da semana pra procurar alguma companhia volátil. Como assim??? Sai duas noites por semana e não achou ainda? Que fracasso! Fracasso nada! Burrice, ou, falta de visão estratégica. Me diga: Como achar na noite, onde há um mix de tudo que existe (homens lin

Destino

Destino (texto que estava no meu outro blog (março/2010) , estou jntando-os aqui) Meus últimos dias e últimas ações me fizeram pensar muito sobre escolhas, e dentro das reflexões me surgiu o tal destino. Aquela coisa sonhadora, de que se Deus quiser, terei sucesso, se a vida reservar a mim, terei um amor pra vida toda… Ah, eu já esperei tanto por ele! Mas estou prestes a fazer 30 anos. Uma balzaquiana não pode se dar ao luxo de esperar pelo tal destino. Olhei pra mim, pro meu passado, e vi, que me segurando numa falsa esperança nesse tal destino, eu deixei de fazer escolhas, deixei de fazer por mim, com a explicação cabalística de que assim seria se o destino o quisesse. Acho que o destino veste bem aos adolescentes, não mais a mim. Já passei do ponto de esperar e acreditar que tudo dará certo no final… A vida de gente grande dá certo para os que acordam cedo e trabalham, dá certo pra quem ousa e investe em si. A vida amorosa se resolve quando resolvemos abrir o coração, a mente, corre

Escolhas

Certa vez, conversando com um guru dos relacionamentos, ele me disse: Teu defeito é ser escolhida, e não escolher. Passaram anos, relacionamentos, frustrações... Agora, aos 30 anos e algumas tentativas acho que entendi o que isso quer dizer. Sempre fui carente, o que me condicionava a me confortar ao lado de pessoas que gostavam de mim. Mas nunca valorizei que eu deveria gosta-las por outro motivo, e não por uma reciprocidade de gratidão. O resultado disso sempre foram frustrações. Me frustrava por algumas incompatibilidades, por querer algo que essa pessoa não podia me dar, ou simplesmente por ter de conviver com comportamentos dos quais eu não imaginava que um parceiro meu tivesse. Perda de tempo. E além de tempo perdido, sem querer também frustrei e magoei pessoas, pois infelizmente, eu também não podia oferecer pra elas o que elas mereciam e esperavam. Das reflexões dessas experiências, vem a tona a necessidade de escolher. Sempre usei o bordão de que minha vida não é composta de d